sexta-feira, 28 de novembro de 2014

VINDICTA



Arrependo-me, ah, como arrependo-me!
De um dia de ti ter me aproximado
Só para na lama ser atirada.
Quantas vezes, chorando te pedi um abraço
Apenas um abraço!
E tu me negaste consolo nas horas de aflição.
Dor e humilhação foi o que me mostraste.

E agora?
Cordeirinho manso e amoroso vem me ver
Com ares de quem sabe amar,
Querendo enganar-me?
De novo arrastar-me para seu matadouro
De onde tanto tempo levei para me livrar?

Vá de reto, que não te quero!



Márcia Veríssimo

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