VINDICTA
Arrependo-me, ah, como arrependo-me!
De um dia de ti ter me aproximado
Só para na lama ser atirada.
Quantas vezes, chorando te pedi um abraço
Apenas um abraço!
E tu me negaste consolo nas horas de aflição.
Dor e humilhação foi o que me mostraste.
E agora?
Cordeirinho manso e amoroso vem me ver
Com ares de quem sabe amar,
Querendo enganar-me?
De novo arrastar-me para seu matadouro
De onde tanto tempo levei para me livrar?
Vá de reto, que não te quero!
Márcia Veríssimo
Nenhum comentário:
Postar um comentário