sexta-feira, 28 de novembro de 2014

 

 

NÃO DIGA ADEUS


Não diga adeus
Enquanto meus olhos sangram lágrimas de dor
Não diga adeus
Enquanto meu peito em chamas se faz em pedaços
Não diga adeus
Enquanto espinhos se cravam em minha carne
Ferindo profundamente
Não diga adeus
Enquanto meus lábios tremem debilmente
Em busca de um beijo que não consegui colher
Não diga adeus.



Márcia Veríssimo

 

É SÓ SONHAR



Na confusão dos meus pensamentos
Nos amaranhos da minha mente
Num momento de sobriedade
Te encontro
Um encontro...
Aquele que só nos sonhos
Podemos ter, podemos viver
E amar
Nesse breve encontro, sinto suas mãos nas minhas
E nenhuma palavra diria mais
Que o brilho de nossos olhos
Quando se encontram.
O beijo que se segue é uma promessa
De que será infinito o nosso amor
Enquanto eu viver e puder sonhar.

  

Márcia Veríssimo

AMOR_ESTRANHO AMOR

Que amor é este que me fascina e me enlouquece?
Que amor é esse que jamais se consumirá e me embriaga de desejo?
Amor e fascínio indescritível por ti
O simples fato de poder olhar-te mesmo de longe
Me faz sonhar
Um imenso desejo de sentir o cheiro de teus cabelos
O gosto dos teus lábios
Uma vontade imensa de te tocar e sentir o sabor
Da tua pele, me tira o sono.
Que amor é esse que dói no peito e me faz sofrer?
Que ás vezes me deixa sem órbita e sem esperanças?
Que amor é esse que sinto por ti
Que nem sequer lembra-se de mim
Não se lembra que meu amor é tão forte como a morte
Que viver sem teu amor,
É como altos montes em um salto transpor_ impossível!
Amor- estranho amor.

Márcia Veríssimo

 

VINDICTA



Arrependo-me, ah, como arrependo-me!
De um dia de ti ter me aproximado
Só para na lama ser atirada.
Quantas vezes, chorando te pedi um abraço
Apenas um abraço!
E tu me negaste consolo nas horas de aflição.
Dor e humilhação foi o que me mostraste.

E agora?
Cordeirinho manso e amoroso vem me ver
Com ares de quem sabe amar,
Querendo enganar-me?
De novo arrastar-me para seu matadouro
De onde tanto tempo levei para me livrar?

Vá de reto, que não te quero!



Márcia Veríssimo

DOCE LOUCURA



Tão difícil é viver com a ilusão de um sonho perdido.
Nada mais resta além de sonhos e sonhos.
Tão irreal e incomum é essa paixão que me cega, me enlouquece e me tonteia.
Quem é você?
Não posso acreditar no que minha boca deseja e meus olhos secam.
Não é natural, não é correto, eu sei...
Mas eu quero, quero provar teu beijo, sentir teu cheiro, teu corpo quente e nele me queimar;
Deslizar minhas mãos nas curvas do teu corpo, sussurrar ao teu ouvido palavras de desejo.
Tão distante...
Mas eu quero, quero ficar com você e sentir seu toque.
Quero loucura!

Essa doce loucura.

Márcia Veríssimo

quarta-feira, 19 de março de 2014


Taça de Vinho

Esta que um dia eu vi
Por quem um dia vivi e chorei,
De divas mãos, brilhante como a luz do dia,
Como as musas do Olimpo.
Eu era um poeta talvez
E ao tocá-la, taça de vinho que me embriaga
Aproximo as bordas finas de meus lábios
E ouço sua voz, canora e doce, qual lira encantada
Como se tocada fosse, pelas mãos
de Salomão.


Márcia Veríssimo